
Um dia, estava eu descansando quando minha filha disse-me que tinha algo importante para me falar.
Como sempre, parei e fiquei esperando...sua carinha já denunciava...ela estava apaixonada!
Atenta e nada confortável com a descoberta procurei ser discreta para não denunciar meu pânico ao vê-la ali sentada a minha frente com aquela expressão que só os apaixonados tem.
Questionei se era alguém que eu conhecia, tudo delicadamente, apesar de minha vontade ser a de enchê-la de perguntas uma atrás da outra sem ao menos dar tempo à ela para respondê-las.
Ela cheia de ternura disse que eu não o conhecia e que ele não era daqui. (Como não era daqui? Da onde então?) Pacientemente aguardei até a próxima revelação.
Ela havia conhecido o garoto pela internet através do fake e já por um bom tempo se falavam até que descobriram que tinham tanto em comum que resolveram se revelar um ao outro.
Daí para um namoro virtual foi um passo!
Minha preocupação, como boa mãe que acho que sou, foi a de tirar o máximo de informação possível. Nestes tempos onde tudo pode significar perigo fiquei em estado de alerta e dei meu apoio.
No início só sabia seu nome do fake. Ela ia me revelando as coisas vagarosamente, dia a dia e eu continuava numa expectativa sem fim.
Bom assim descobri que minha pequena já estava se tornando uma mulher!